domingo, 27 de fevereiro de 2011

BRASÃO DE SANTO AMARO/BA

BANDEIRA DE SANTO AMARO/BA





HINO DE SANTO AMARO/BA - (Pedro Tomás Pedreira) Lei Nº 1.312/1999

Santo Amaro, brioso, altaneiro,
Grande terra de veros heróis,
Teu passado, vibrante e ordeiro,
É orgulho para todos nós!
Tuas glebas, que a fama enobrece,
São o berço sagrado da glória,
E teus filhos, que a pátria enaltece,
São os vultos brilhantes da história!

Teus engenhos, com braços escravos
Que as canas cortavam ao sol,
Foram a seiva fecunda de bravos,
Da fugaz liberdade o farol.
Benemérita e leal cidade,
Teu presente, de paz e progresso,
Nos conduz, pelo bem e a verdade,
A um futuro de luz e sucesso!

Com Sergy, os Calmons e Teodoro,
Teus brasões sempre foram fieis,
E na luta pelo teu foro,
Eram eles os nossos lauréis.
Santo Amaro, por Deus contemplado.
Com riquezas, com encantos mil,
Na Bahia tu és exaltado,
És a honra do nosso Brasil!


BREVE HISTÓRIA DE SANTO AMARO/BA


A cidade de Santo Amaro está situada no fundo do Recôncavo Baiano. Desenvolveu-se em terraços do Rio Subaé, no ponto em que este recebe o Rio Sergimirim como afluente, tendo como núcleo a área formada pela Matriz de Nossa Senhora da Purificação e pela Casa da Câmara e da Cadeia (onde hoje funcionam a sede da Prefeitura e a Câmara de Vereadores).
O seu centro histórico, limitado entre as praças da Purificação e do Rosário, é composto por 27 ruas e possuía, em setembro de 1978, algo em torno de 75 prédios de valor histórico/arquitetônico, muitos dos quais já não mais existem.
Atualmente, Santo Amaro tem, aproximadamente, 600Km2 e, além da sede, possui os distritos de Acupe, Oliveira dos Campinhos e Pedras. No entanto, já teve 1.239 Km2 e 14 distritos. Destes, emanciparam-se Conceição do Jacuípe, Terra Nova, Amélia Rodrigues, Theodoro Sampaio e Saubara, que levaram consigo outros distritos.
A população nativa da região era formada pelos índios Caetés e, depois, pelos Potiguarás e Carijós. Sua origem é a mesma de São Francisco do Conde.
Quando, em 1559, a sesmaria foi doada a Fernão Rodrigues Castello Branco, seus limites iam de Marapé à Ponta de Saubara. Um ano depois, Castello Branco doou-a a Francisco de Sá, filho do terceiro Governador Geral que, em 1553, constrói o Engenho Real de Sergipe.
Com a morte de D. Francisco, as terras passam à sua irmã, Da. Felipa de Sá, casada com D. Fernando de Noronha, o Conde de Linhares.
Em 22 de novembro de 1602, Da. Felipa vendeu 400 braças em quadra a Gonçalo Alves, que, posteriormente, as transferiu para os Beneditinos em 26 de março de 1607. Ainda neste ano, a ordem beneditina ergueu a capela de Santo Amaro (ou São Mauro, também chamado de Santo mauro, cuja cacofonia geraria o Santo Amaro), que ainda existe na cidade.
Da. Felipa doa o engenho Real do Conde aos Jesuítas de Santo Antão de Lisboa, que nele constróem a Igreja de Nossa Senhora da Purificação. Em 1678 o tempo ruiu e não foi reerguido, sendo a freguesia mudada, provisoriamente, para a capela do Rosário, às margens do rio Traripe.
Com o assassinato do vigário do Rosário, a sede da freguesia foi mudada para a capela de Santo Amaro, em torno da qual já existia uma pequena povoação. Em 1700 iniciou-se, "hum tiro de pessa rio acima" (ou seja, a um tiro de canhão no sentido contrário ao do rio), a construção da atual Matriz de Nossa Senhora da Purificação.
D. Pedro de Noronha, primeiro marquês de Anjena, indo visitar, em 1716, as minas de salitre de Monte Alto, visitou também Santo Amaro e Maragogipe, pedindo então, à Coroa, a elevação de ambas à categoria de Vila.
A medida só efetivou-se em 5 de janeiro de 1727, no governo do Conde de Sabugosa. A demora deveu-se à resistência das Câmaras de São Francisco e Jaguaribe.
O município de Santo Amaro compreendia, então, as freguesias de Nossa Senhora da Purificação, São Domingos de Saubara, Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos, São Pedro de Traripe e Rio Fundo. Era presidente da província o Dr. Francisco Souza Paraizo quando as vilas de Santo Amaro e Cachoeira foram elevadas a cidades pela Lei nº 43 de 13 de março de 1837.
Em 1847 foi estabelecida a navegação a vapor regular entre Santo Amaro e a Capital, da qual dista em 50 Km em linha reta. Em 1855, uma epidemia de cólera (Choleramorbus), vinda de Cachoeira, matou metade da população urbana da cidade.
Durante os movimentos emancipacionistas nacionais, Santo Amaro sempre esteve em destaque, como nas Revolução dos Alfaiates e Sabinada. Na Guerra do Paraguai, enviou, em três batalhões de Voluntários da Pátria, 1.290 homens, além de grandes recursos financeiros.
Em 14 de junho de 1822, a Câmara de Santo Amaro reuniu-se em prol da Independência do Brasil, dando início aos movimentos que geraram o 7 de setembro de 1822. A "Leal e Benemérita" cidade de Santo Amaro teve participação ativa do início ao fim do processo da emancipação nacional.
A economia santamarense, desde o Século XVI até há poucos anos, esteve vinculada à cultura da cana-de-açúcar. Em 1757 existiam 61 engenhos funcionando. Por volta de 1870, restavam, ainda, 31.
Com um porto dentro do continente, Santo Amaro foi um importante entreposto comercial da região e o principal porto açucareiro do Recôncavo. Em 1802, as duas vias terrestres que interligavam o País tinham Santo Amaro como elo de união. A que vinha do Norte, desde o Maranhão, passando pelos sertões e a que vinha do Sul, desde Minas Gerais e Novas. O município ainda produzia fumo e algodão.
Nas últimas décadas do Século XX, novas culturas, com dendê, cacau e bambu foram implantadas. A cidade chegou a industrializar-se de forma satisfatória, com três indústrias metalúrgicas, duas açucareiras, duas papeleiras e uma de óleos vegetais, mas o nível industrial não se manteve.
Em 1759, a população de Santo Amaro era de 13.735 habitantes, sendo 5.782 na sede (que possuía 753 casas), 2.115 em Saubara (242 casas), 1.586 em Campinhos (234 casas) e 4.252 em Traripe e Rio Fundo (471 casas). Em 1970, possuía 46.593 habitantes, sendo 20.767 na sede.
Cidade histórica, Santo Amaro registra a passagem de relevantes vultos da nossa História Nacional, como D. Pedro II e Ruy Barbosa. Porém, mais que acolher visitantes ilustres, a cidade os gerou para o País.
Podemos destacar alguns nomes de filhos de Santo Amaro (alguns adotados pela cidade ou que a ela adotou): Adroaldo Ribeiro Costa, Alves de Carvalhal, Amélia Rodrigues, Arlindo Fragoso, Assis Valente, Barão de Itapicuru, Caetano Veloso, Caio Otaviano dos Santos Moura, Conde de Subaé, Conselheiro Saraiva, Emanuel Araújo, Eustáquio Primo de Seixas, Heitor Dias, João da Silva Campos, João Ferreira de Araújo Pinho, João Moniz Barreto de Aragão, José Cupertino de Lacerda, José Silveira, Mano Décio da Viola, Manoel Faustino dos Santos Lyra, Manoel Querino, Maria Bethânia, Marquês de Abrantes, Marquês de Santo Amaro, Miguel du Pin e Almeida, Monsenhor Gaspar Sadoc da Natividade, Odilon Otaviano dos Santos, Osvaldo Valverde, Padre Inácio Teixeira dos Santos, Padre José Gomes Loureiro, Pedro Ferreira, Pedro Francisco Rodrigues do Lago, Prado Valladares, Rogério Rego, Sérgio Cardoso, Theodoro Sampaio, Visconde de Oliveira, Visconde de Pedra Branca, Visconde de São Lourenço e Wanderley Pinho.
Dos prédios históricos que existiam em 1978 e que foram analisados e catalogados pelo IPAC-BA, muitos já não mais existem. Foram considerados de relevância histórico/arquitetônica e destacaram-se em um primeiro estudo:

1. Matriz de Nossa Senhora da Purificação;
2. Convento de Nossa Senhora dos Humildes;
3. Igreja de Nossa Senhora do Amparo;
4. Matriz de Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos;
5. Capela de São Brás;
6. Capela de Santo Antonio dos Calmons;
7. Capela de Bom Jesus dos Pobres;
8. Capela de Nossa Senhora do Desterro;
9. Igreja do Senhor Santo Amaro;
10. Igreja de São Domingos de Gusmão
11. Santa Casa de Misericórdia
12. Hospital Nossa Senhora da Vitória;
13. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 10;
14. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 29;
15. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 39;
16. Sobrado à Rua Conselheiro Saraiva, nº 47;
17. Casa na Rua General Câmara, nº 63;
18. Sobrado à Rua Conselheiro Paranhos, nº 7;
19. Casa de Câmara e Cadeia;
20. Casa à Rua da Matriz, nº 9;
21. Sobrado do Engenho Subaé;
22. Solar Araújo Pinho;
23. Solar Aramaré;
24. Solar Paraíso;
25. Sobrado à Avenida Presidente Vargas, nº 17;
26. Chalet na Praça 14 de Junho;
27. Sobrado do Engenho Novo;
28. Chácara Rocinha;
29. Casa da Fazenda São João.


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Fonte:
Inventário de Proteção do Acervo Cultural - Vol. II - Monumentos e sítios do Recôncavo, I Parte, 2ª Edição - IPAC-BA - Secretaria da Indústria e Comércio - Governo do Estado da Bahia, 1982.

MUSEU DO RECOLHIMENTO DOS HUMILDES

Situado à margem direita do Rio Subaé, à Praça Frei Bento, s/nº, o Recolhimento de Nossa Senhora dos Humildes fundado em 1809 pelo padre, santamarense, Inácio Teixeira dos Santos Araújo, surgiu a partir da construção em 1793 de uma capelinha para louvar Nossa Senhora. Esse Recolhimento, único no interior da Província, tinha como finalidade social abrigar senhoras pias, viúvas, meninas órfãs, servas, escravas, pensionistas, filhas de senhores de engenho e meninas de destacadas famílias das redondezas e até de outros Estados, que ficavam confinadas enquanto seus pais e maridos viajavam, ou como forma de punição por atos indevidos.
Em 22 de setembro de 1817, D. João VI concedeu licença pra funcionar como estabelecimento de educação do sexo feminino - que permanece em funcionamento até hoje. As meninas "recolhidas" eram educadas nos princípios religiosos, limitando o aprendizado ao ensino das primeiras letras e das artes domésticas para direção de lares futuros.
O Museu do Recolhimento dos Humildes, um Convênio de cooperação técnica implantado em 15 de junho de 1980. Nas suas dependências se destacam a raridade e a perfeição do seu acervo cerca de 500 peças. São arcas, baús e jóias que se juntaram às imagens e alfaias da capela, acrescido dos trabalhos artesanais produzidos pelas reclusas, entre eles os bordados em fios brancos em finíssimas cambraias e fios de ouro em sedas, além de pedras preciosas. Delicadas flores de papel laminado e de asas de besouro são peculiaridades que celebrizaram as recolhidas do Convento de Nossa Senhora dos Humildes.
Na arte religiosa, encontramos a coroa de Nossa Senhora (bem como o nicho onde ela se encontra, e o crucifixo, são trabalhados em ouro e prata). A coleção de imagens em madeira policromada vai desde a Nossa Senhora Divina Pastora, o Passos da Paixão e o Cristo (no qual as gotas de sangue que escorrem do corpo são incrustações de pedras de rubi).
O Museu ainda dispõe de peças do ato litúrgico (cálice e patena) em ouro e prata, e de uma coleção de prataria onde pode ser observada a predominância do estilo Da. Maria.
Outra singularidade é o carrilhão composto por sete sinos, que contém a escala musical e é ouvido diariamente na hora do Ângelus. As pinturas, objetos de opalina, e ourivesaria, entre outros estimulados pelo gosto artesanal, guardam uma inspiração permeada pela marca da originalidade, possibilitando o exercício da religiosidade expressada em várias tendências artísticas. O artesanato produzido pelas freiras da Congregação de Nossa Senhora dos Humildes é único no mundo.
As dependências do museu servem, também, para abrigar os restos mortais de pessoas que contribuíram para o surgimento da instituição, dentre as quais o próprio padre Inácio Teixeira dos Santos Araújo e o Dr. Raphael Pilati Baggi (considerado um "benfeitor da casa").

Fontes:
http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Cidades/2007/12/02/museu_do_recolhimento_dos_humildes_reabre_suas_portas_na_bahia_2075860.html
http://tudosobresantinho.blogspot.com/
http://www.ipac.ba.gov.br/site/conteudo/museus/

Imagem:
Gomes, Gilberto - Convento dos Humildes - Santo Amaro/BA - 1975 - Lápis de Cera - 32X46cm.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

BEMBÉ DO MERCADO



Comemorando a abolição da escravatura assegurada pela Lei Áurea de 1888, o Bembé do Mercado é o único candomblé de rua do mundo! "Bembé" é uma corruptela da palavra candomblé. Nos moldes das antigas senzalas, um barracão é montado no centro da praça do mercado, onde em dias normais funciona a feira livre da cidade. Ali, acontece um culto de candomblé a céu aberto. Antes do início do culto, a praça é tomada por manifestações culturais, tradicionais de Santo Amaro.

O CANDOMBLÉ DA LIBERDADE
(Ubiratan Castro de Araújo)
"13/05/2003 - 'O Bembé do Mercado, em Santo Amaro, tem grande significado para a afirmação da cidadania negra no Brasil. Eliminados quaisquer traços de subserviência agradecida à princesa pela Abolição, emerge a evidência histórica da luta popular contra o cativeiro e da força da cultura afro-brasileira como propulsora da resistência do povo negro no Brasil.'Aos 14 de maio de 1888 começava uma nova luta para o povo negro de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo canavieiro da Bahia. Os ex-senhores de escravos, inconformados com a lei da abolição, proclamavam aos quatro ventos que nada havia mudado e pressionavam suas lideranças parlamentares para que a dita lei fosse revogada. Para mostrar que não estavam brincando, mobilizaram o aparelho policial da cidade para tolher os movimentos da população negra, de modo reter uma força de trabalho disponível para o trabalho, em regime de cativeiro. E assim teria sido, sem a resistência negra para fazer valer a liberdade. O movimento social pela abolição foi reativado para tirar da cadeia os que foram encarcerados a pedido dos ex-senhores, e para assegurar o direito de ir e vir de todos os “treze de maio”, como eram pejorativamente chamados os libertos pela lei da abolição.Deles se dizia em verso popular:

Nasceu periquito,
Morreu papagaio,
Não quero conversa
Com “treze de maio”.

Passado um ano de luta contra a repressão e contra a discriminação, os negros de Santo Amaro resolveram festejar em praça pública o primeiro aniversário da lei da abolição. Os barões ameaçaram e a polícia proibiu o ajuntamento de negros. Apesar de tudo e de todos, no dia 13 de maio de 1889, milhares de pessoas afluíram ao Mercado de Santo Amaro. Não se viu nenhuma parada cívica, não se ouviu nenhum discurso de agradecimento à princesa. Amparados pela força dos seus Orixás, os negros “bateram Candomblé” no centro da cidade e no sábado seguinte jogaram um presente no mar em agradecimento aos Orixás. E mais, lançaram uma praga sobre a cidade: todo aquele que impedisse o Bembé (Candomblé) do Mercado sofreria um castigo exemplar.
Diz a tradição santamarense que, em todo esse tempo, até hoje, em apenas dois anos não se festejou o Bembé. Conta-se que, certa feita, um delegado valentão resolveu proibir o Bembé, até porque o Candomblé era perseguido em todo o Estado da Bahia. Pois bem, um mês depois a esposa dele foi vítima de um acidente automobilístico e ficou com um braço inutilizado. Na segunda ocasião em que não se fez o Bembé, uma grande enchente castigou o centro da cidade. E assim, ninguém mais ousou impedir que os negros exercessem sua liberdade de acordo com as suas tradições e sua cultura. Estava instituído o Candomblé da Liberdade. Cada ano que passa, o Bembé fica mais animado. Além do Candomblé do Treze de Maio, apresentam-se no Mercado de Santo Amaro as várias manifestações tradicionais: O Maculelê, a Capoeira, o Samba de roda, o Coça-coça, o Nego Fugido, na forma de um verdadeiro festival de cultura negra e popular.
O Bembé do Mercado, em Santo Amaro, tem grande significado pára a afirmação da cidadania negra no Brasil. Eliminados quaisquer traços de subserviência agradecida à princesa pela Abolição, emerge a evidência histórica da luta popular contra o cativeiro e da força da cultura afro-brasileira como propulsora da resistência do povo negro no Brasil. Longe de ser uma excentricidade baiana, o Bembé representa uma série de manifestações populares em todo o Brasil, especialmente nas áreas rurais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, que evocam a luta contra a escravidão e afirmam valores importantes da cultura afro-brasileira, tais como reisados e congos. Por tudo isso, o Treze de Maio não pode ser simplesmente apagado do calendário das lutas de libertação do povo negro brasileiro".

Em 14 de setembro de 2012, o governador Jaques Wagner assinou o Decreto Nº 14.129 (Diário Oficial do Estado de 15 e 16 de setembro), acatando a proposta aprovada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura (Secult), e o Conselho Estadual de Cultura. Agora o Bembé do Mercado está inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações como Patrimônio Imaterial da Bahia. (Veja imagem abaixo - Clique para ampliar).

NÊGO FUGIDO

O “Nego Fugido” é um espetáculo da cultura popular santamarense que funde elementos da dança, da música, do candomblé e do teatro. Ele registra uma manifestação popular única, mantida há pelo menos um século pelos moradores de Acupe. Trata-se de uma encenação que recria, anualmente, a luta pela libertação dos escravos. Tendo como cenário as ruas de Acupe, os personagens de Nego Fugido revivem o ideal de liberdade almejado pelos escravos. Esta encenação traduz a versão dos moradores do local em relação à libertação dos escravos: uma conquista dos negros e não uma concessão dada pela princesa Isabel.
O “Nego Fugido” conta a história do negro que fugia, era perseguido nas matas e vestia-se de folhas de bananeira para se camuflar. É uma manifestação popular única, que se mantém desde o século XIX, originária de escravos africanos de origem Nagô. Trata-se de uma recriação das lutas da resistência negra contra o regime escravocrata, encenada até hoje pelos moradores de Acupe, distrito de Santo Amaro.
No cordel “ABC de Mourão” de autoria de Armando Azevedo encontramos a seguinte referência ao “Nego Fugido”:

No Acupe tem nego fugido
Procurando libertação
Conquistada com luta
Nunca com doação
O homem que almeja liberdade
Chora e sente saudade
Trabalha com o coração

Aqui, uma declaração de Dona Santa (Edna Correa Bulcão), então aos 56 anos, publicada no Correio da Bahia:

As Manifestações da cultura popular sobrevivem em Santo Amaro da Purificação. Com as cabeças pintadas com carvão, os lábios avermelhados com crepom molhado e saias de folhas, pessoas de Acupe lutam para ter êxito em manter de pé o “Nego Fugido”, folguedo tradicional da região de Santo Amaro que revive a época da perseguição feita aos habitantes dos quilombos pelos capitães-do-mato e pelos militares.
Dona Santa (Edna Correa Bulcão), 56 anos, a conheceu o nego fugido quando era pequena e via a sua mãe ajudar à preparação da festa. Desde a morte desta, assume o comando desta tradição e hoje mata praticamente um leão por dia para fazer sair esta “brincadeira” como chama o “Nego Fugido”, todo o mês de Julho nas ruas de Acupe.
Teatro popular a céu aberto, utilizando como cena as ruas da cidade, o folguedo já foi filmado e tratado sob todas as formas, mas a ajuda que Dona Santa há tanto pedido nunca veio: “Fiz pés e mãos para apresentar o “Nego Fugido”, mas por falta de iniciativa, muitas coisas estão desaparecendo das regiões. Temos falta de trajes e de transporte para as representações. Também não temos uma sala adequada para armazenar o material”, declara Dona Santa, que, apesar todas as de dificuldades físicas, transmite a tradição de tecer saias de folhas para os novos membros do grupo e ensina os segredos do “Nego fugido” às crianças de Acupe. “Este divertimento tem mais de 100 anos. Não vou deixá-lo morrer”, completa.



Dê uma olhada:
“Nego Fugido“
Série: Bahia singular e plural
Duração: 25'
Filmado: NTSC/BETACAM
Gênero: Documentário
Realização: IRDEB/TVE
Ano: 1999

RELAÇÃO DE SANTAMARENSES ILUSTRES

Alves de Carvalhal
Amélia Rodrigues
Antonio Gomes Trigueiros
Antonio Guerreiro Ramos
Arlindo Fragoso
Assís Valente
Barão de Itapicuru
Barão de Sergy
Caetano Veloso
Caio Otaviano dos Santos Moura
Conselheiro Saraiva
Denilson Caribé de Castro
Dom Miguel de Lima Valverde
Domingos de Farias Machado
Dona Edith do Prato
Emanoel Araújo
Eustáquio Primo de Seixas
João da Silva Campos
João Ferreira de Araújo Pinho
João Moniz Barretto de Aragão
José Silveira
Mano Décio da Viola
Manoel Faustino dos Santos Lyra
Manoel Querino
Manuel Pedro dos Santos, o Bahiano
Maria Bethânia
Mário Ferreira Leal
Marquês de Abrantes
Marquês de Santo Amaro
Merica (Valdemito Lima da Silva)
Miguel Calmon du Pin e Almeida
Monsenhor Gaspar Sadoc da Natividade
Nestor Oliveira
Odilon Otaviano dos Santos
Padre Inácio Teixeira dos Santos Araújo
Padre José Gomes Loureiro
Pedro Ferreira
Pedro Francisco Rodrigues do Lago
Plínio de Almeida
Prado Valladares
Roberto Mendes
Sérgio Cardoso
Theodoro Sampaio
Tia Ciata (Hilária Batista de Almeida)
Virgildásio de Senna
Visconde de Oliveira
Visconde de Pedra Branca
Visconde de São Lourenço
Visconde de Subaé
Wanderley Pinho
Zilda Paim

HISTÓRIA DA IMPRENSA EM SANTO AMARO


JORNAIS
A Imprensa em Santo Amaro foi bastante ativa, (devido, também ao alto nível cultural do município). E assim é que, de 1842 a 2007, possuiu, pelas nossas pesquisas, mais de 100 periódicos, todos relacionados a seguir:
01. Utilidade Pública: Publicação iniciada em 1842 e terminada no ano seguinte (1843). Periódico literário, de pequeno formato, impresso na tipografia de C. J. Paiva.
02. O Philopatria: Primeiro número cm 1843 e último em 1846. Periódico de interesse público, redigido pelo Prof. José Estanislau Vieira, grande latinista e poeta, e depois pelo medico italiano Dr. José Ferrari. Impresso na tipografia de C. J. Paiva.
03. O Argos Sant`Amarense: primeiro número em 08/12/1850, e último em 1852. Periódico político-liberal. Semanário. Tinha por divisa: “Está acabado o tempo de enganar os homens. Defensor Perpétuo. Com as armas... não, seja a guerra a do juízo”. Proprietário e redator: Manoel Domingues de Menezes Dórea. Tipografia de “O Argos”.
04. Abatirá: primeiro número em 11/12/1850 e último em 1851. Periódico literário e democrático - órgão de oposição. Publicação quinzenal. Divisa: Liberdade No cabeçalho trazia, numa vinheta, um índio tocando o boré e esmagando um dragão com a ponta da lança.
05. O Aymoré: Primeiro número em 1850. Periódico semanal, político e noticioso.
06. O Justiceiro: Primeiro número em 1850 e último em 1851. Periódico ingênuo, político, literário e religioso. Proprietário: Henrique da Silva Moraes. Tipografia própria.
07. O Brasileiro: Primeiro número em março de 1851, e último em 1856. Proprietário José Correia da Silva Oliveira.
08. O Ramalhete: Primeiro número em 1852. Proprietário: Domingos Faria Machado.
09. Cigarra e Benteví: Primeiro em 1852. Pequeno periódico humorístico.
10. Rabecão, Rabeca e Rabequinha: Primeiro número em 1853. Periódico humorístico e critico.
11. O Commércio: Primeiro número em 1856 e último em 1859. Jornal político, noticioso e comercial, tendo por fim cooperar para a prosperidade e facilidade do comércio. Reapareceu em maio de 1861.
12. A Atalaia: Primeiro número em 1857 e último em 1860. Jornal político; literário e comercial. Proprietário: Antonio Correia da Silva Oliveira. Redatores: Prof. Henrique Teixeira dos Santos Imbassahy, Dr. Olympio Pinheiro, e Armando Brasileiro (com o pseudônimo de “Vedeta de S. Francisco").
13. A Primavera: Primeiro número em 25/06/1857 e último em 1858. Pequeno formato. Periódico destinado à literatura e à poesia. Redatores; Antonio Joaquim de Passos e Dr. José Pinto de Souza Velloso.
14. A Alvorada: Primeiro número em 1859. Sucessor de “A Primavera”. Os mesmos redatores.
15. O Lidador - Primeiro número em 26/08/1860 último em 1868. Sucessor de “A Atalaia”. Periódico político, literário e comercial. Proprietário: Antonio Correia da Silva Oliveira. Redatores: Dr Jayme de Almeida Couto, Dr. Cid Cardoso e Dr. Ricarte Deiró.
16. O Ipiranga: Primeiro número em 1860 e último em 1865.
17. A Imprensa: Primeiro número em 1867 e último em 1868. Periódico político e literário.
18. A Matraca: Primeiro número em novembro de 1867. Pequeno formato. Folha crítica e noticiosa.
19. O Popular: Primeiro número em 20/05/1868 e último em 1950. Sucessor de “O Lidador”. Órgão político-liberal e, depois, republicano. Semanal. Proprietário: Ignácio Xavier de Santa Bárbara & Cia. Seus primeiros redatores foram: Dr. Cid Cardoso, Ricarte Deiró, José Pires Falcão Brandão e Antonio Alves de Carvalhal. Em 1890 passou à propriedade e redação dos Drs. Rodrigo Falcão Brandão e Cel. Joaquim Mendonça da Fonseca. Outros redatores foram: Arlindo Fragoso, Anatólio Valadares, Alípio Maia, Paulo Filho, João de Brito Araújo e Juca Serafim. Tipografia própria à rua Cons. Paranhos, nº 25.
20. O Bem-Te-Vi: Primeiro número em 1846. Pequeno periódico satírico.
21. O Censor: Primeiro número em outubro de 1870. Semanário, pequeno formato. Propriedade de uma associação. Redator: Ricarte Deiró. Tipografia de A. C. S. Oliveira.
22. A Crise: Primeiro número em janeiro de 1872 e último em 1873. Periódico literário.
23. A Propaganda: Primeiro número em 11/08/1874 e último em 1875. Hebdomadário, pequeno formato. Editor: Antonio Correira de Oliveira. Redator-chefe: Dr Antonio Joaquim de Passos. Tipografia própria.
24. O Sant’amarense: Primeiro número em 07/09/1875 e último em 1878. Jornal político, comercial e agrícola. Propriedade de uma associação. Redatores: Dr. Pedro Muniz, Dr. Olavo Góes e Gerson Penna. Tipografia própria. Suspendeu a edição em janeiro de 1877, reaparecendo em fevereiro de 1878, sob a direção do partido liberal. Foi, a principio, do Partido Conservador.
25. O Liberal: Primeiro número em 16/09/1876 e último em1889. Jornal político, liberal e agrícola. Órgão do Partido Liberal. Propriedade de urna associação. Redatores: Barão de Vila Viçosa, Drs. Francisco Sodré, Santos Silva, Antonio Joaquim de Passos, Octaviano Muniz e outros. Tipografia própria.
26. O Artista: Primeiro número em 30/10/1877 e último em 1878. De pequeno formato. Órgão democrático, noticioso e critico, defensor dos interesses da classe dos artistas. Propriedade de urna associação. Redatores: Baldoino Gomes e Salvador Teixeira. Tipografia de “O Liberal”.
27. A Lei: Primeiro número em janeiro de 1878. Periódico político e noticioso.
28. A Opinião: Primeiro número em 21/05/1878 e último em 1881. Periódico político, comercial e agrícola. Órgão do Partido Conservador. Propriedade de uma associação. Administrador: Arsénio da Silva Pinto. Tipografia e redação: Praça da Purificação, 27.
29. O Echo Sant’amarense: Primeiro número em 02/06/1881. Último em 1886. Jornal político, comercial e agrícola. Órgão do Partido Conservador. Propriedade de uma associação. Redatores: Drs. Pedro Muniz Barretto de Aragão e Olavo Góes, e depois Alfredo Campos. Gerente: F. Aragão e Souza. Redação e tipografia: Rua das Princesas, 82.
30. O Colibri: Primeiro número em outubro de 1882, último em 1883. Jornal literário e recreativo. Semanário. Diretor: Anísio Teixeira da Silva. Pequeno formato. Saía em fascículos, sendo publicados oito números até março de 1883.
31. A União: Primeiro número em dezembro de 1882. Último em 1883. Periódico político, comercial e agrícola. Adepto do Partido Conservador. Divisa: “Ordem e liberdade”. Redator-chefe: Dr. Manoel de Araújo Góes.
32. O Pôvo: Primeiro número em 1883.
33. O Bicho: Primeiro número em maio de 1883. Periódico literário e recreativo. Redatores diversos.
34. A Actualidade: Primeiro número em 11/10/1884. Último em 1885. Jornal político, comercial e agrícola. Pertencia ao Partido Liberal. Redatores: Drs. Octaviano Muniz, Eustáquio Seixas e Cruz Rios.
35. O Raio: Primeiro número em 1885. Periódico conservador, de pequeno formato. Saíram apenas 3 números.
36. O Pára-Raio: Primeiro número em 1885. Pequeno formato. Periódico liberal. Saiu apenas 1 número, em oposição ao “O Raio”.
37. A Gambiarra: Primeiro número em 02/06/1885. Número especial de pequeno formato. Redatores: Arlindo Fragoso, Joaquim Mendes, Domingos Carvalho e outros.
38. A Democracia: Primeiro número em 1885. Órgão de propaganda abolicionista. Redatores: Drs. Francisco Bulcão, Octaviano Muniz, Cruz Rios e Francisco dos Santos Silva.
39. A Ordem: Primeiro número em 1885. Órgão político, conservador. Diretor: Dr. Manoel de Araújo Góes.
40. A Situação: Primeiro número em 1887. Último em 1889. Órgão político, hebdomadário. Redator e proprietário: Bel. Alfredo Campos. Tipografia própria. Terminou em julho de 1889.
41. O Mercantil: Primeiro número em 1888.
42. O Inspirado: Primeiro número em julho de 1888.
43. O Santelmo: Primeiro número em 1888.
44. O Semanário: Primeiro número em 1888. Último em 1890. De pequeno formato.
45. A Matraca: Primeiro número em 1889. Em 1867 houve um periódico com o mesmo nome.
46. A Propaganda: Primeiro número em 1889.
47. O Commercial: Primeiro número em 20/10/1890, último em 1895. Periódico político, noticioso e agrícola. Fundador: Leonídio Monteiro. Redator-chefe: Dr. Arlindo Coelho Fragoso. Tipografia e redação à Pça. da Purificação, 87. (Foi vitima de empastelamento).
48. O Verdadeiro: Primeiro número em 1890.
49. O 2 de Fevereiro: Número especial. saído em 02/02/1894, sobre as festas da Padroeira Nossa Senhora da Purificação. Colaboradores diversos.
50. O Monitor: Primeiro número em 05/07/l895. Noticioso, 1iterário e comercial. Propriedade de uma associação.
51. O Lábaro: Primeiro número em 11/10/1896. Ultimo órgão imparcial. Hebdomadário. Proprietário e redator: Dr. Ervídio Velho. Impresso na Cidade do Salvador.
52. O Vesúvio: Primeiro número em 15/11/1900, último em 1901. Era do arraial do Picado (atual município de Conceição do Jacuípe). O primeiro número saiu manuscrito, tendo sido publicados 12 números. O último em 12/02/1901. Periódico crítico, noticioso e literário, pequeno formato. Publicação semanal. Diretor: Abi1io Daltro. Secretário: Antonio Tourinho.
53. O Monitor: Primeiro número em 22/09/1901. Último em 1901. Órgão político, noticioso, critico e comercial. Pequeno formato. Proprietário: José Pires de Santa Bárbara. Redatores diversos. Impresso na Tipografia de “O Popular”.
54. O Pharol: Primeiro número em 05/06/1902. Último em 1903. Órgão noticioso, literário e comercial. Passou depois, a “Órgão de Combate”, tendo como divisa: “Pro Patria et Pro Populo”. Semanal. Proprietário: Laurentino Moreira de Pinho. Redator-chefe: Bel. Adalpho Guimarães dos Santos Silva. Terminou em outubro de 1903.
55. O Sant’Amarense: Primeiro número em 13/09/1902. Último em 1907. Órgão imparcial. Direção e propriedade: José Pires de Santa Bárbara. Passou posteriormente, a ser órgão político e de propriedade de uma associação. Gerente: Elpídio F. de Freitas. Redator-chefe: Dr. Bulcão Viana. Impresso na Tipografia Oriente. Em 1875 houve outro periódico com a mesma denominação.
56. Revista Democrática: Primeiro número em 10/12/1902. Último em 25/07/1903, tendo saído 27 fascículos. Órgão literário, científico e noticioso, em fascículos. Divisa: “Lahor omnia vincit”. Propriedade de uma associação. Redator-chefe: Dr. José Gabriel de Lemos Britto. Impresso na Tipografia Oriente (de Luiz Rocha de Castro Neves).
57. A Pimenta: Primeiro número em 02/09/1904, durando apenas 1 mês. Pequeno formato. Órgão crítico e independente. Proprietário: Pompeu Capa Rosa. Impresso na Tipografia de “O Popular”.
58. O Prélio: Primeiro número em 08/09/1904. Semanário po1ítico e noticioso. Redator-chefe: Sérgio Cardoso. Redação e oficinas no Largo do Amparo.
59. O Gládio: Primeiro número em 14/09/1904. Último em 28/09/1904. Órgão chistoso e noticioso, de pequeno formato. Redatores diversos. Impresso na tipografia de “O Pharol”.
60. A Seita: Primeiro número em 19/04/1906, durando apenas quatro meses. Órgão científico, literário, noticioso e comercial. Pequeno formato, hebdomadário. Redator-chefe: Cícero Brito. Impresso na gráfica de “O Prélio”.
61. Os Novos: Primeiro número em 21/04/1906, sendo publicados apenas 14 números, o último em novembro de 1906. Órgão imparcial, 1iterário e noticioso. Publicação quinzenal. Propriedade de uma associação. Redatores: Paulo Brandão, Epfânio Fernandes e outros. Redação: Praça do Rosário, 12. Impresso na “Tipografia Oriente”.
62. A Paz: Primeiro número em 26/1 0/1907. Órgão imparcial, a princípio, e depois político, noticioso, crítico e literário. Publicação semanal. Propriedade do Tenente-Coronel Antonio da Silva Serra. Gerente: Cândido de Carvalhal Serra. Redator-chefe: Anísio Vianna. Depois passou a ser propriedade de uma sociedade, tendo como diretor Alfredo Serra.
63. A Luz: Primeiro número em 20/09/l 908. Órgão político, noticioso e literário. trimensal (ou 3 vezes por mês). Propriedade de uma associação. Gerente: Macrino West. Redator-chefe: Dr. Francisco Pacheco Pereira. Redatores diversos. Impresso na “Tipografia Oriente”.
64. A Sineta: Primeiro número em 26/10/1908. Órgão imparcia1, noticioso, crítico e literário. Semanal. Proprietário: Nemésio da Silva Lisboa. Redatores diversos, entre eles, Juca Serafim. Impresso na tipografia de “O Popular”.
65. O Município: Primeiro número em 1916. Órgão oficial do Município de Santo Amaro. Fundado pelo Intendente Coronel João Lins de Albuquerque. Mudou o seu nome para Jornal Oficial.
66. O Martelo: Periódico literário, crítico e humorístico. Fundado por Herundino da Costa Leal.
67. O Combate: Fundado pelo Capitão Cândido Serra.
68. A Verdade: Primeiro número em 1930. Órgão noticioso. Divisa: “Sub lege libertas”. Proprietário e Gerente: José Deoclécio de Menezes. Redator-chefe: Dr. Francisco T. de Assis e, depois, Agenor Pacheco Pereira. Tipografia própria.
69. A Mocidade: Primeiro número em 01/01/1935. Proprietário: Manoel Pedro da Costa. Redator-chefe: Misael Braz Pereira. Colaboradores diversos. Tipografia própria à rua General Câmara.
70. O Rádio: Primeiro número em 1938. Proprietário: João Muniz Barretto de Aragão. Colaboradores: Viraldo Senna e outros.
71. A Defeza: Primeiro número em 29/04/1939. Proprietário e redator: João Dácio Serra. Colaboradores diversos. Tipografia própria à Av. Ruy Barbosa, 134. Mensário.
72. Sidicom: Primeiro número em 29 de Outubro de 1939.
73. O Rugidor: Primeiro número em 27/07/1957. Pertencia ao Lions Club de Santo Amaro.
74. O Archote: Primeiro número em 15/10/1960 e último em 03/10/1962, “Órgão a serviço do município de Santo Amaro”. Diretor-secretário: Osvaldo da Cruz Matta, depois Genebaldo de Souza Correia; Diretor de Publicidade: Antenor Santos Pereira. Diretores: José Alves de Almeida e Amaury Alves de Almeida; Redator-chefe: Adelmário Santos. Redatores: A. Santos, Genuíno de Castro, Nestor de Oliveira, Naomário Santos e Genebaldo Correia. Colaboradores Caetano Velloso, Rodrigo Velloso, Gustavo Vianna, Édio Pereira de Souza, João Muniz, Emanoel Araújo, Germano Machado, Antonio Carlos Pinto de Pinna (Carlos Pina), Otávio Amorim e outros. Saíram 20 números.
75. Tribuna dos Moços: Primeiro número em 02/02/1962. Orientação de Antonio Ramos Rocha.
76. O Maculelê: Primeiro número em 14/08/1971 e o último em 14/06/1972. Boletim-Órgão da Comissão Municipal de Turismo da Prefeitura Municipal de Santo Amaro. Redatores: José Joaquim de Santana e Pedro Tomás Pedreira. Outros colaboradores. Impresso em “off-set”. Saíram 21 números.
77. Jornal do Massapê: Primeiro número em 14/06/1977.
78. Mobrasa: Primeiro número em 14/06/1980.
79. .Jornal Afro Ogundelê: Primeiro número em 1983.
80. O Grito: Primeiro número em 15/10/1990.
81. A Cacetada: Primeiro número em Junho de 1991.
82. Informativo Cultural Santamarense: Primeiro número em 13/05/1996.
83. A Informação: Primeiro número em Julho de 1997.
84. A Voz do Bairro: Primeiro número em Janeiro de 1998.
85. O Farol: Primeiro número em Setembro de 1998.
86. Voz da Purificação: Primeiro número em Setembro de 1998.
87. Folha de Santo Amaro: Primeiro número em 1999.
88. Notícias do Subaé: Primeiro número em 1999.
89. Jornal GTR: Primeiro número em Fevereiro de 2000. De propriedade do Grupo Trilhas e Rumos, associação ciclística sant`amarense. Presidente: Joaci Moniz de Castro. Editoração e impressão digital na MqV Computação Gráfica. Transformou-se em revista mensal em Abril do mesmo ano.
90. Mensageiro de Santo Amaro: Primeiro número em dezembro de 2000. Informativo da Igreja Católica em Santo Amaro, produção da Pastoral da Comunicação (Publicai-o em cima dos telhados), direção geral do Pe. Hélio Cezar Leal Vilas Boas, Coordenação e diagramação de Mário Assis dos Santos, tendo Antônio Almeida como fotógrafo e corretor e equipe de redação formada por Dalvaci, Nilza, Carlos, Fábio e Deusdeth. Tiragem de 1.000 exemplares e distribuição gratuita. Funcionando à praça da Purificação s/nº.
91. O Trombone: Fundado em dezembro de 2000. Primeiro número em 2 de fevereiro de 2001. Informativo ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
92. Agora - O Jornal do CETS. Primeiro número em agosto de 2003. Uma iniciativa dos professores e alunos do Centro Educacional Teodoro Sampaio.
Outros jornais, dos quais não se obteve maiores dados, foram:
93. A Cidade
94. A Tesoura
95. O Maribondo
96. A Faísca e A Voz
97. O Livro Mariano
98. Tribuna dos Moços
99. Informativo Popular
100. Jornal Cultural O Bondinho
101. Santo Amaro Espírita
102. Pão e Circo
103. O Ataque
104 O Grito

SANTO AMARO DE OUTRORA - Fotos

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